Você já pensou em implantar um prontuário eletrônico na clínica? Num futuro próximo, praticamente todos os profissionais contarão com essa ferramenta — e você não quer ficar para trás, não é mesmo?
Então, por que não começar a pensar nisso agora mesmo? Embora muitas clínicas já tenham aderido a ele, implantá-lo nesse momento significa inovar. E quem não gosta de cuidar da sua saúde em um local que busca acompanhar as evoluções tecnológicas? Continue a leitura e saiba mais!
Mas, afinal, o que é o prontuário eletrônico?
Trata-se de um software capaz de armazenar todas as informações de atendimentos feitos ao paciente. Nele, é possível inserir exames solicitados e seus resultados, medicamentos prescritos, procedimentos realizados e todo o histórico relacionado à saúde.
Se o indivíduo sofre de uma doença crônica, ali estarão registrados quando foi feito o diagnóstico e como está a evolução da enfermidade. Alergias a medicamentos, vacinas e tratamentos também ficam disponíveis para consultas. Assim, quando o paciente vai a uma consulta, o médico rapidamente consegue visualizar todas as informações necessárias.
Quais são os benefícios proporcionados?
A implantação do prontuário eletrônico, além de representar um grande avanço, traz inúmeras vantagens. A partir dele, você otimiza o atendimento ao paciente, visto que já tem, a poucos cliques, todo o seu histórico.
No momento em que ele entra em seu consultório, você tem o ponto de partida para novas investigações. Isso também facilita o diálogo entre médico e paciente, visto que as dúvidas de ambas as partes são mais facilmente sanadas.
O relacionamento entre vocês também só tende a melhorar com essa ferramenta. Enquanto você fica mais seguro tendo em mãos as informações, o paciente se sente mais exclusivo. Você dá mais atenção a ele e otimiza seu atendimento, o que gera satisfação.
Já imaginou a reação do público ao receber um SMS da clínica perguntando como se sente? Não seria bom poder enviar a ele um lembrete de que já é tempo de marcar uma consulta novamente? Isso faz com que a pessoa sinta que a clínica realmente se preocupa com a sua saúde e, ainda, a estimula a interagir.
O prontuário eletrônico também influencia diretamente nos diagnósticos. Isso porque, tendo informações que sirvam como ponto de partida, fica mais fácil chegar a conclusões que proporcionarão tratamentos mais eficazes.
Outro fator a ser otimizado com a implantação da ferramenta é o tempo, pois as informações podem ser consultadas com agilidade. Sendo assim, as ações necessárias são implantadas em seguida e, com isso, você poderá dedicar-se a outras questões importantes.
Há normas para usá-lo?
O Conselho Federal de Medicina (CFM) estipula algumas normas para a implantação do prontuário eletrônico em clínicas médicas. Trata-se da Resolução 1821/2007.
A partir dessa lei, a troca de papéis por prontuários eletrônicos fica autorizada, contanto que algumas medidas sejam cumpridas. Uma das premissas básicas do CFM diz que a emissão do prontuário de todo paciente atendido é dever do médico.
Essa digitalização, entretanto, precisa conter todas as informações que fariam parte do documento impresso. Ela também deve ficar sujeita a um sistema de gerenciamento eletrônico, que permita um arquivamento organizado e o armazenamento com total segurança. Afinal, tais dados não podem ser perdidos ou “vazados”.
O certificado digital utilizado pode ser o ICP-Brasil. E as microfilmagens, cópias ou digitalizações devem ser guardadas permanentemente. Os documentos que não foram passados para a versão digital, entretanto, devem ser mantidos por 20 anos, caso não haja mais notícias do paciente.
O Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde fica aprovado com essa Resolução. É a partir dele que pode ser emitido o selo de segurança para os sistemas adotados por cada clínica. E quem faz essa verificação é o CFM e SBIS (Sociedade Brasileira de Informática em Saúde).
Como implantar o prontuário eletrônico na clínica?
As clínicas que desejam contar com essa ferramenta devem seguir alguns passos. Pensando nisso, listamos, abaixo, os procedimentos necessários para se fazer a implantação do sistema:
Passo 1 — buscando a autorização
Você se lembra de que falamos que o prontuário eletrônico está sujeito ao ICP-Brasil? Pois bem: ele conta com várias ACs (Autoridades Certificadoras).
A lista desses locais pode ser encontrada no site do ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação). Após descobrir uma dessas autoridades, basta escolher um certificado (existem diversas modalidades e validades) e solicitá-lo.
Passo 2 — validando os dados
Uma vez solicitado o certificado, é preciso encontrar uma AR (Autoridade de Registro) para fazer a validação dos dados. Tal procedimento é importante para a sua segurança e, também, para a de seus pacientes. Essa etapa é o que dificulta a ocorrência de fraudes.
Passo 3 — escolhendo um sistema de gestão
Os prontuários eletrônicos serão geridos por um sistema específico. E é importante que esse sistema conte com ferramentas que se tornem verdadeiros facilitadores na rotina de sua clínica.
É por isso que o ideal é dar preferência aos de fácil manuseio. Só não abra mão da segurança dos dados armazenados.
Passo 4 — fazendo a migração
Dependendo do tamanho e da idade de sua clínica, pode ser que a migração total dos dados leve um tempo. Você precisará fazer o levantamento de todas as informações sobre pacientes para registrá-las no sistema. Para que dados importantes não sejam perdidos, é imprescindível manter a organização durante essa fase.
Seguir esses passos é fundamental para que o sistema implantado em sua clínica realmente funcione e promova as melhorias esperadas. A etapa de transformar papéis em dados digitais é uma das que mais exigirá atenção, podendo ser aliada a uma atualização no cadastro dos pacientes.
O prontuário eletrônico é uma importante ferramenta para que o seu estabelecimento ganhe destaque no mercado. E a melhor forma de vencer a concorrência é oferecer um serviço que realmente faça a diferença na vida do paciente.
Com um histórico à mão, diagnósticos precoces e uma relação de confiança, as possibilidades de sucesso no tratamento se tornam muito maiores, não acha?
E você? Está pensando em implantar o prontuário eletrônico na clínica? Veja quais são as diferenças entre os prontuários eletrônicos e os de papel para entender qual a melhor opção para o seu caso!