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Tecnologia

Prontuário eletrônico ou prontuário de papel: Qual usar?

O prontuário de papel ou o prontuário eletrônico fazem parte da rotina de um consultório médico. Esses documentos são essenciais para o atendimento do paciente, já que trazem várias informações sobre sua saúde, além do histórico de consultas. Há clínicas que preferem o material impresso, enquanto outras veem mais vantagens no formato digital.

Os avanços tecnológicos na área de saúde exigem que os estabelecimentos busquem formas de aprimorar suas rotinas de trabalho e de se adequar às necessidades do mercado e do paciente. Na era da digitalização, as ferramentas eletrônicas representam uma forma de facilitar e otimizar os processos.

Se você ainda está em dúvida sobre qual prontuário usar, confira no post de hoje mais informações sobre os dois modelos de prontuário, com os prós e contras de cada um.

Prontuário de papel x prontuário eletrônico

O Conselho Federal de Medicina (CFM) define o prontuário do paciente como o documento elaborado pelos profissionais de saúde, que contém, de forma padronizada e organizada, todos os dados de saúde do paciente.

Ele inclui: histórico familiar, anamnese, exame físico, resultados de exames, pareceres de especialidades, procedimentos realizados e prescrições medicamentosas.

Trata-se do documento que permeia toda a atividade assistencial, administrativa, de pesquisa e de ensino, nos ambientes de saúde. Os dados presentes no prontuário são importantes elementos para a gestão da instituição de saúde. Eles subsidiam o planejamento, a elaboração e a implementação de ações de saúde, que contribuirão para a eficiência e efetividade do trabalho dos profissionais.

Tudo o que acontece com o paciente dentro de um estabelecimento de saúde deve ser registrado no prontuário. No prontuário de papel, cada profissional de saúde escreve à mão ou imprime e anexa a informação que deseja adicionar a ele.

No prontuário eletrônico, os dados do paciente são registrados de forma digital. O prontuário é acessado por meio do computador, geralmente com o uso de um software de gestão. O profissional registra as informações de saúde e as identifica por uma assinatura eletrônica.

O uso do prontuário eletrônico no Brasil é regularizado por resolução do CFM, que contém as “Normas Técnicas para o Uso de Sistemas Informatizados para a Guarda e Manuseio do Prontuário Médico”. O documento traz definições em relação:

  • à integridade da informação e qualidade do serviço;
  • às cópias de segurança;
  • ao banco de dados;
  • às características necessárias para os sistemas de gestão dos prontuários;
  • à privacidade e autenticidade;
  • à transmissão de dados.

Benefícios do prontuário de papel

Apesar do prontuário eletrônico já ser bastante difundido mundialmente, muitos profissionais ainda dão preferência ao prontuário impresso, devido ao costume de usá-lo e à facilidade de preenchimento.

Para algumas clínicas, o papel representa a segurança de que o documento, por ser físico, não corre o risco de ser apagado, como pode acontecer com um arquivo digital. Outra vantagem do prontuário de papel é que ele não requer um treinamento avançado para ser utilizado, já que praticamente qualquer recepcionista consegue manuseá-lo corretamente.

O uso do prontuário de papel é uma prática antiga e já bem conhecida entre os profissionais. Em um primeiro momento, eles tendem a manter o seu uso, pois acreditam que as mudanças serão muito trabalhosas — sem terem considerado as vantagens que surgirão a médio e longo prazos.

Desvantagens do prontuário de papel

Um dos problemas do prontuário de papel é a necessidade de espaço físico para arquivamento dos documentos. Se um médico tem muitos pacientes, ou se uma clínica conta com vários médicos, a demanda por espaço para armazenamento dos prontuários será maior. Caso a clínica implante o prontuário eletrônico, o espaço antes utilizado para os prontuários poderá ser transformado em um novo consultório.

Isso sem contar o risco de extravio desses materiais durante a movimentação entre arquivo e consultório.

Outras desvantagens do prontuário de papel são:

  • inelegibilidade causada pela escrita à mão, o que pode até trazer riscos para o paciente;
  • altos custos com papel, tinta e pessoal, para manutenção de impressoras;
  • dificuldade para encontrar o prontuário e as informações dentro dele, pois dependem da organização feita pelas pessoas;
  • falta de segurança no armazenamento das informações do paciente, já que poderão ser acessadas por qualquer pessoa que “encontrar” o prontuário;
  • desgaste do papel com o passar do tempo, que tem o risco de tornar-se frágil, rasgar e ficar amarelado;
  • falta de acesso remoto, exigindo que o profissional se desloque até o estabelecimento de saúde quando quiser obter alguma informação do paciente;
  • necessidade de repetição de exames ou pareceres, caso os documentos de papel sumam ou sejam danificados;
  • falta de padronização no registro dos dados de saúde, já que cada profissional tem a liberdade de preencher como quiser;
  • aumento do prejuízo ambiental, com o uso diário de grande quantidade de papel e tinta pela unidade de saúde.

Benefícios do prontuário eletrônico

O prontuário digital tem como grande vantagem a melhoria do fluxo de trabalho dentro de uma clínica, pois a secretária não precisará deixar a recepção para levar o histórico do paciente para o médico — toda a comunicação pode se feita por meio de um sistema. Com isso, evitam-se interrupções desagradáveis ao longo da consulta e aumenta-se a agilidade de atendimento.

Além disso, o armazenamento do prontuário eletrônico não requer espaço físico e, ao contrário do que se possa imaginar, com backups corretos, não há risco de perda de dados. Mais uma vantagem é a facilidade de busca por um paciente na base de cadastros— bem mais rápida do que a procura manual — em que a recepcionista poderia perder alguns minutos até achar o material.

Outras vantagens do prontuário eletrônico são:

  • maior segurança no armazenamento das informações, pois é necessária uma senha para ter acesso ao sistema dos prontuários;
  • possibilidade de acesso remoto às informações do paciente, por meio de dispositivo eletrônico;
  • identificação de erros no registro dentro do prontuário;
  • facilidade de acesso aos dados, para fins de pesquisas na área de saúde;
  • maior controle financeiro para clínicas e consultórios, devido ao registro organizado de todas as consultas e procedimentos realizados;
  • padronização no registro dos dados de saúde;
  • facilidade de atualização dos registros, já que os documentos podem ser preenchidos com maior agilidade;
  • possibilidade de acesso do prontuário por várias pessoas ao mesmo tempo, ao contrário do prontuário de papel, que só pode ser acessado por um profissional de cada vez.

Ao contrário do que muitos pensam, o prontuário eletrônico possui características bem semelhantes ao prontuário de papel quanto à validade jurídica do documento. Já existe um processo de certificação de sistemas de registro eletrônico de saúde, com o estabelecimento de requisitos obrigatórios para o uso do prontuário eletrônico.

Esse processo garante que o documento eletrônico esteja de acordo com a legislação federal, com o uso da certificação digital (assinatura eletrônica), que garante a validade ética e jurídica do prontuário. Dessa forma, ele poderá ser utilizado como prova jurídica quando for necessário, da mesma forma que o prontuário de papel.

Os avanços da tecnologia têm permitido que, cada vez mais, sejam criadas e implementadas novas funcionalidades para o prontuário eletrônico dentro dos estabelecimentos de saúde, tais como:

  • possibilidade de anexar exames de imagem (raio-X, ressonância magnética, tomografia computadorizada, ultrassonografia) e outros exames relevantes;
  • compartilhamento de informações para uso na telemedicina e telediagnóstico;
  • sistemas de alerta para erros de prescrição de medicamentos (dose errada, apresentação do medicamento errada, paciente errado).

De forma geral, o prontuário eletrônico tem o potencial de melhorar:

  • o processo de trabalho do estabelecimento;
  • a decisão diagnóstica;
  • a coordenação do cuidado entre os diferentes profissionais de saúde;
  • a comunicação entre médico e paciente.

Desvantagens do prontuário eletrônico

Como uma desvantagem do prontuário digital, há os custos de implantação do sistema. Ainda assim, algumas clínicas veem esse gasto como um investimento na modernização da estrutura de trabalho, para otimizar as consultas.

É importante ressaltar, também, que esse custo maior é necessário apenas no momento de implantação. Em longo prazo, os custos de manutenção são bem menores.

Também, pode ocorrer de a mudança de cultura organizacional ser um empecilho para a implantação do prontuário eletrônico, já que profissionais precisam alterar a maneira de atuar, pois os processos de atendimento são modificados com o documento digital. A resistência da equipe é um desafio que deve ser levado em consideração pelo gestor, para que ele busque estratégias de enfrentamento.

O treinamento de pessoal é uma fase necessária para o uso do prontuário eletrônico, que pode ser trabalhoso em um primeiro momento. Os funcionários mais antigos costumam ser os mais resistentes, e é preciso ter paciência para convencê-los das vantagens que o prontuário eletrônico trará para o trabalho em saúde.

Como você pôde notar, existem vantagens e desvantagens de cada modelo de prontuário. A mudança no tipo de registro das informações de saúde requer planejamento e preparo de toda a equipe de saúde, para que ocorra da melhor forma possível.

É claro que essas situações podem variar conforme a realidade da clínica ou consultório; contudo, se pensarmos do ponto de vista da sustentabilidade e da modernização dos métodos de trabalho, o prontuário eletrônico está mais sintonizado com o cenário atual do que o prontuário de papel, não é mesmo?

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