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Protocolo de Manchester: o que é, como funciona e mais!

Protocolo de Manchester

Com a grande demanda da população em relação aos sistemas de saúde públicos e privados, temos vivenciado um grande aumento nos serviços médico-hospitalares. Com isso, problemas relacionados ao atendimento dos pacientes se tornou algo muito comum.

Para reverter esse quadro, métodos como o Protocolo de Manchester foram criados, visando um atendimento mais otimizado, eficiente e com menos transtornos. Assim, continue a leitura para que você saiba mais sobre esse grande método!

O que é o Protocolo de Manchester?

Criado na cidade de Manchester, na Inglaterra em 1997, o Protocolo de Manchester nada mais é que um método de triagem que estabelece escalas de urgência para o atendimento dos pacientes.

Ele se mostrou tão eficaz, que hoje é aplicado em diversas instituições de saúde, visando melhorar e agilizar o atendimento, evitar a superlotação, dar prioridade a casos mais graves e melhorar processos no geral. É usado em muitos países como Holanda, Suécia, Alemanha e também no Brasil.

O primeiro estado a implantar o Protocolo de Manchester, no Brasil, foi Minas Gerais, com o objetivo de organizar melhor o fluxo de pacientes.

Como ele funciona?

O método classifica os pacientes por cores com base em seus sintomas, que representam a gravidade do problema e o seu respectivo tempo de espera para o atendimento.

Essa classificação é feita por um profissional de nível superior (normalmente, um enfermeiro) que possui boa comunicação, excelente conhecimento clínico, ética e produtividade.

Primeiramente, o paciente que chega à instituição buscando atendimento é recebido na recepção e abre um pequeno prontuário. Em seguida, ele é encaminhado ao enfermeiro que fará uma breve avaliação de seu estado clínico utilizando o protocolo, tomando como base suas queixas, sinais vitais, sintomas, etc. Logo após, o paciente é identificado com uma pulseira com a cor que corresponde ao seu problema.

Quais os significados das cores no Protocolo de Manchester?

Após o atendimento que a equipe de enfermagem dá ao paciente, que engloba uma leve avaliação sobre o quadro clínico em que ele se encontra, o responsável pela triagem ao final da avaliação coloca uma pulseira nesse paciente.

A pulseira tem como objetivo agilizar o atendimento para quem procura pelo atendimento médico, isso porque a cor de cada uma delas determina qual o nível do problema e se ele é de extrema urgência ou não.

As cores que abrangem o Protocolo de Manchester são as seguintes:

  • vermelho;
  • laranja;
  • amarelo;
  • verde;
  • azul.

Este método de classificação de atendimento na unidade de saúde foi validado pelo Ministério da Saúde e, por isso, deve seguir atentamente todas as recomendações da Política de Humanização do Sistema Único de Saúde (SUS). Confira, a seguir, mais detalhes sobre cada uma destas cores pertencentes ao Protocolo de Manchester:

Vermelho

 A cor vermelha no Protocolo de Manchester é destinada para aqueles pacientes que se encontram em um estado gravíssimo e que necessitam de atendimento imediato, por apresentarem a possibilidade de morte, como os quadros de:

  • queimaduras, com mais de 25% do corpo queimado ou com problemas respiratórios devido às queimaduras;
  • politraumatismo grave;
  • dor no peito relacionada à falta de ar;
  • crises de convulsão;
  • estado mental alterado em coma, principalmente em casos de uso de drogas;
  • coluna vertebral comprometida;
  • elevado desconforto respiratório;
  • trauma cranioencefálico;
  • tentativa de suicídio;
  • parada cardiorrespiratória;
  • intoxicação exógena;
  • complicações provenientes do Diabetes;
  • hemorragias não controláveis;
  • alteração dos sinais vitais.

Laranja

A pulseira com a cor laranja é destinada para os casos considerados muito urgentes, sendo um caso grave e com risco significativo de morte. O tempo de espera recomendado para o atendimento a pacientes com a pulseira laranja é de até 20 minutos. Os casos mais comuns que a classificação abrange são os seguintes:

  • arritmia cardíaca sem apresentação de sinais de instabilidade;
  • hemorragia moderada sem instabilidade hemodinâmica e livre de sinais de choque;
  • cefaleia intensa com rápida progressão ou início súbito considerável, quando acompanhada de sinais e sintomas neurológicos, dislalia, afasia e alterações no campo de visão;
  • alteração de comportamento como letargia, agitação e confusão mental;
  • dores muito severas.

Amarelo

Corresponde e abrange os casos urgentes com gravidade moderada, com necessidade de atendimento médico, mas sem riscos imediatos. Nessa classificação o tempo médio de espera pode ser de até 60 minutos. Os casos da classificação amarela mais clássicos, são os seguintes:

  • desmaios;
  • dor moderada;
  • vômito intenso;
  • convulsão nas últimas horas;
  • idade superior a 60 anos de idade;
  • crises de pânico;
  • picos de hipertensão;
  • hemorragia moderada;
  • politraumatismo sem alterações nos sinais vitais;
  • leve trauma cranioencefálico;
  • alterações dos sinais vitais nos pacientes sintomáticos.

Verde

A classificação que abrange a cor verde é aquela que é considerada um caso menos grave, onde o paciente pode aguardar pelo seu atendimento ou ser encaminhado para outro serviço de saúde.

Na classificação verde o tempo de espera por um atendimento pode ser de até 3 horas, uma vez que ele varia conforme a chegada de casos de pacientes mais graves. A pulseira verde é destinada aqueles pacientes que estão com:

  • dor leve;
  • torcicolo;
  • enxaqueca;
  • estado febril sem a presença de alteração dos sinais vitais;
  • resfriados e viroses;
  • náuseas e tonturas;
  • drenagem de abscesso;
  • hemorragia controlada;
  • asma não diagnosticada como quadro de crise.

Azul

E, por fim, temos a classificação de atendimento da pulseira azul. Essa etapa do atendimento é classificada como a mais simples, uma vez que o paciente pode aguardar para ser atendido ou ser encaminhado para outro serviço de saúde que possa apresentar um atendimento mais imediato.

Nestes casos, a estimativa é de que o paciente seja atendido dentro de quatro horas. Os atendimentos classificados pela pulseira azul, na maioria dos casos são:

  • troca de sondas;
  • retirada de unha encravada;
  • aplicação de medicação com receita;
  • queixas de dores crônicas.

Quais materiais devem estar na sala de classificação do Protocolo de Manchester?

Como estamos falando de atendimento na área da saúde, é muito importante que ele seja realizado em ambientes que ofereçam boas condições de higiene e limpeza. Além dessas características, a sala em que será realizada a triagem para a classificação de risco de Manchester precisa contar com os seguintes materiais:

  • manual de classificação de risco;
  • termômetro do tipo digital infravermelho ou timpânico;
  • glicosímetro;
  • relógio;
  • esfigmomanômetro e estetoscópio;
  • material em que seja possível classificar a prioridade de atendimento e os principais dados do paciente;
  • ficha de registro da classificação de risco.

Quais organizações de saúde podem utilizar o Protocolo de Manchester?

O Protocolo de Manchester pode ser utilizado pelas mais diferentes organizações de saúde, desde que elas prestem atendimento para os pacientes. No entanto, pode ser que haja a necessidade de uma readequação na classificação das cores, dependendo do nível de atendimento da instituição.

 Ainda nesse contexto, vale ressaltar que as instituições de saúde que fazem o uso do protocolo de Manchester necessitam ter no seu quadro técnico profissionais que estejam habilitados por meio de treinamentos, teste formal e por escrito para a certificação do triador, uma vez que as visitas das auditorias são periódicas.

A classificação do Protocolo de Manchester pode ser considerada um diagnóstico?

Apesar de muitos acreditarem que a triagem pertencente ao protocolo de Manchester seja um diagnóstico, isso não é verdade.

A classificação da cor de atendimento serve apenas para agilizar e humanizar o atendimento, conforme a necessidade de cada paciente. O diagnóstico deve ser realizado exclusivamente pelo médico que está atuando naquele momento.

Quais são as vantagens de sua implantação?

A implantação do protocolo permite que os atendimentos sejam feitos de maneira muito mais eficaz, o que, em se tratando de serviços de saúde, é crucial, já que minutos podem representar uma vida.

Além disso, como o sistema prevê uma organização ao longo do dia, pode-se encaminhar pacientes para outras unidades, evitando assim superlotações e falhas no atendimento. Sem contar a economia financeira, pois com ele evita-se o uso de recursos de urgência advindos da inobservância das condições do paciente antes do agravamento do quadro.

Atualmente, a Escala de Manchester tem um papel muito importante no que diz respeito às boas práticas, isso porque se classifica como uma forte ferramenta de gestão, que pode ser aplicada, também, nas Unidades Básicas de Saúde, não se restringindo apenas a grandes instituições.

Outra vantagem e característica muito marcante da utilização do Protocolo de Manchester diz respeito à implantação do princípio da Equidade na Saúde, que foi defendido pelo médico Avedis Donabedian e que institui um tratamento imparcial e justo a todos.

Ao classificar os pacientes de acordo com a gravidade do caso, a instituição de saúde tem a garantia de prestar um atendimento homogêneo, livre de possíveis julgamentos pessoais ou de ordem social, padronizando o atendimento.

Além da instituição, os pacientes também são beneficiados, pois tomam ciência do seu risco e contam com uma previsão média para o atendimento, diminuindo a expectativa e possibilitando um melhor planejamento.

O Protocolo de Manchester é um dos métodos de triagem mais eficazes, pois além de tudo o que foi mostrado, ele ainda padroniza os processos realizados na unidade.

E para ajudar as instituições de saúde, você sabia que há softwares que possuem uma integração entre os módulos de atendimento, financeiro e estoque, garantindo assim a automação e a agilidade na gestão? Legal, né?

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